Norte-americanos se apresenta no SWU no mesmo dia que os tropicalistas.
'Nem acredito que vamos tocar no Brasil', conta Robert Schneider.
A julgar pela empolgação de Robert Schneider, fundador, guitarrista e vocalista do grupo de rock psicodélico americano Apples in Stereo, ele é o estrangeiro mais empolgado com a realização do Festival de Música SWU, em Itu, do qual a banda participa no sábado (9). A animação se deve especialmente a um nome: Mutantes.
“Meu Deus!”, dispara o cantor em entrevista por telefone ao G1. “Eles são uma das nossas bandas favoritas de todos os tempos, uma grande influência para os Apples, e um dos melhores grupos em toda a história”, elogia, contando que já assistiu o grupo duas vezes nos EUA.
Ele criou o grupo em 1992, inicialmente usando apenas o nome The Apples, inspirado pela faixa “Apples and oranges”, do Pink Floyd. A banda lançou seu primeiro álbum, o lo-fi “Fun trick noisemaker”, em 1995, ajudando a dar forma e conteúdo musical ao coletivo Elephant 6, que reuniu grandes nomes da psicodelia independente nos EUA dos anos 90.
“Nós queríamos subverter destruir a música pop da época”, lembra o músico. “Não tínhamos nada a ver com aquilo. Não queríamos usar um estúdio profissional, não queríamos lançar os discos por uma grande gravadora. Queríamos criar uma cena nova – mas é claro que era um objetivo impossível”, pondera.
Legado
Apesar de não ter reinventado a música, Schneider acha que a Elephant 6 conseguiu criar um legado com discos como “In the aeroplane over the sea”, álbum do Neutral Milk Hotel produzido por Robert, que se tornou um clássico cult e figura em listas de melhores dos anos 90 de veículos como o site Pitchfork; e com bandas como o Of Montreal, grupo de rock favorito de Jay-Z e que se apresenta no Brasil em novembro.
“De certa forma isso aconteceu, a indústria entrou em colapso, as gravadoras encolheram, e apareceu essa nova onda interessante de bandas indies psicodélicas. E a gente começou com um gravador de quatro canais num porão”, comemora o músico.
Ele define seu novo disco, “Travellers in space and time”, como um álbum “para o futuro”. “Pegamos elementos daquilo que amamos nos anos 60 e lançamos para o futuro. Sempre fui aficionado por ficção científica”.
O disco anterior, “New magnetic wonder”, de 2007,, trazia invenções como uma “escala musical não-pitagórica”, e marcava a volta do grupo para a psicodelia, após um período de rock básico com álbuns como “Velocity of sound”. “Queríamos fazer um álbum que ficasse para sempre, que definisse nosso som, que ficasse para a posteridade”, diz Schneider.
A inspiração veio de “Smile”, a “obra perdida” dos Beach Boys que foi recuperada e regravada por Brian Wilson em 2004. “Eu ouvi esse disco em vinil, na primeira cópia de teste, no estúdio onde Wilson gravou o álbum – estava gravando um projeto solo meu na época. Foi o mais perto de uma experiência religiosa musical que eu já tive. Depois disso eu pensei que tudo era possível”.
Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/musica/swu/noticia/2010/10/os-mutantes-sao-como-os-beatles-diz-lider-da-banda-apples-stereo.html
“Meu Deus!”, dispara o cantor em entrevista por telefone ao G1. “Eles são uma das nossas bandas favoritas de todos os tempos, uma grande influência para os Apples, e um dos melhores grupos em toda a história”, elogia, contando que já assistiu o grupo duas vezes nos EUA.
Robert Schneider (ao centro) e os Apples in Stereo: psicodelia inspirada em Mutantes. (Foto: Divulgação)
“Eu gosto da Tropicália, mas os Mutantes são como os Beatles para mim. Vai ser incrível tocar no mesmo dia que eles. Aliás, eu nem acredito que vamos tocar no Brasil, é muito legal”, continua Schneider, sem parar para respirar.Ele criou o grupo em 1992, inicialmente usando apenas o nome The Apples, inspirado pela faixa “Apples and oranges”, do Pink Floyd. A banda lançou seu primeiro álbum, o lo-fi “Fun trick noisemaker”, em 1995, ajudando a dar forma e conteúdo musical ao coletivo Elephant 6, que reuniu grandes nomes da psicodelia independente nos EUA dos anos 90.
“Nós queríamos subverter destruir a música pop da época”, lembra o músico. “Não tínhamos nada a ver com aquilo. Não queríamos usar um estúdio profissional, não queríamos lançar os discos por uma grande gravadora. Queríamos criar uma cena nova – mas é claro que era um objetivo impossível”, pondera.
Legado
Apesar de não ter reinventado a música, Schneider acha que a Elephant 6 conseguiu criar um legado com discos como “In the aeroplane over the sea”, álbum do Neutral Milk Hotel produzido por Robert, que se tornou um clássico cult e figura em listas de melhores dos anos 90 de veículos como o site Pitchfork; e com bandas como o Of Montreal, grupo de rock favorito de Jay-Z e que se apresenta no Brasil em novembro.
“De certa forma isso aconteceu, a indústria entrou em colapso, as gravadoras encolheram, e apareceu essa nova onda interessante de bandas indies psicodélicas. E a gente começou com um gravador de quatro canais num porão”, comemora o músico.
Ele define seu novo disco, “Travellers in space and time”, como um álbum “para o futuro”. “Pegamos elementos daquilo que amamos nos anos 60 e lançamos para o futuro. Sempre fui aficionado por ficção científica”.
O disco anterior, “New magnetic wonder”, de 2007,, trazia invenções como uma “escala musical não-pitagórica”, e marcava a volta do grupo para a psicodelia, após um período de rock básico com álbuns como “Velocity of sound”. “Queríamos fazer um álbum que ficasse para sempre, que definisse nosso som, que ficasse para a posteridade”, diz Schneider.
A inspiração veio de “Smile”, a “obra perdida” dos Beach Boys que foi recuperada e regravada por Brian Wilson em 2004. “Eu ouvi esse disco em vinil, na primeira cópia de teste, no estúdio onde Wilson gravou o álbum – estava gravando um projeto solo meu na época. Foi o mais perto de uma experiência religiosa musical que eu já tive. Depois disso eu pensei que tudo era possível”.
Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/musica/swu/noticia/2010/10/os-mutantes-sao-como-os-beatles-diz-lider-da-banda-apples-stereo.html
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